Judas 1:14

Biblia Comentada  Judas 1:14

 

"Enoque, o sétimo a partir de Adão, profetizou acerca deles: Vejam, o Senhor vem com milhares de milhares de seus santos," Judas 1:14

 

Comentário de Judas 1:14

Mais uma vez Judas passa a falar do livro de Enoque, que o impressionara profundamente. O que se lia ali referente ao futuro, ele agora vê cumprido na atualidade. Era importante para ele que já Enoque, como o sétimo desde Adão, havia prenunciado o juízo. Ou seja, estava estabelecido desde o início, por isso sua concretização é muito mais infalível. Entretanto profetizou também para esses o sétimo desde Adão, Enoque, dizendo: Eis que vem o Senhor com suas miríades, para exercer juízo sobre todos os ímpios por causa de todas as obras de sua impiedade que praticaram impiamente. O Senhor que retorna como Juiz universal não vem sozinho. Acompanham-no as “santas miríades”, poderosos exércitos de anjos. O juízo não acontece às escondidas e em silêncio, mas de forma totalmente pública. Incontáveis seres brilhantes são testemunhas da culpa e da vergonha daqueles que agora se portam tão grandiosa e arrogantemente diante dos singelos membros da igreja. Que impressão terrível isso será para todos os que têm de comparecer diante desse juiz! Judas acumula nesta frase a palavra asebés = “ímpio”. Pessoas são julgadas – os não-devotos – não por causa de equívocos intelectuais em si, mas por causa de todas as obras de sua impiedade que praticaram impiamente. Obviamente nosso pensar constitui a fonte de nossos atos, assim como inversamente nossa atitude prática na vida também deturpa nosso pensamento. Contudo no juízo de Deus estão em questão as obras, as concretizações, impossíveis de serem negadas ou declaradas inofensivas, de sua “impiedade” e pecaminosidade, pelas quais os atos se deixam determinar. Isso é particularmente grave para aqueles que viviam na igreja de Jesus, conheciam a graça de Deus e apesar disso não se deixaram salvar e transformar por ela, mas “pervertem a graça de nosso Deus em libertinagem” (v. 4).
Contudo, das obras também fazem parte as palavras, assim como o próprio Jesus atribuía a cada palavra proferida pelas pessoas uma importância decisiva para o juízo: Mt 12.36s; Lc 19.22. Conseqüentemente, também Judas acrescenta: os “ímpios” são julgados por causa de todas as (palavras) duras que proferiram contra ele como ímpios pecadores. A dimensão disso não precisa ser elucidada, porque os destinatários da carta já a conhecem. É bem possível que grupos gnósticos tenham contraposto à cristologia apostólica algumas declarações sobre Jesus que foram percebidas como ridículas. Para eles Jesus era um dado irrelevante, com o qual o verdadeiro Cristo-Espírito se havia ligado apenas transitoriamente. Ou então já existia entre os novos mestres aquela opinião que mais tarde se desenvolveu de forma mais ampla, p. ex., pelo gnóstico Marcião. Segundo ela o Deus do AT é o “fazedor” deste mundo terrível e sofrido, a ser completamente rejeitado por todos que reconheceram o verdadeiro Deus do amor em Cristo. Nesse caso pode ser que “palavras duras” tenham sido levantadas contra aquele que para a proclamação apostólica era “santo”, Criador do mundo e Deus de Israel, o mesmo conhecido também como o Pai de Jesus Cristo. Por isso para os inovadores os mandamentos que o severo “demiurgo” ou “fazedor dos mundos”, como designavam pejorativamente a Javé, o Deus de Israel, havia imposto aos humanos como tortura e opressão não valiam nada.

 

Fonte:   COMENTÁRIO ESPERANÇA autor Werner de Boor Editora Evangélica Esperança

Bilbia Online: Versículos Comentados de Judas 1

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