Judas 1:6

Biblia Comentada Judas 1:6

 

Judas 1:3 "E, quanto aos anjos que não conservaram suas posições de autoridade mas abandonaram sua própria morada, ele os tem guardado em trevas, presos com correntes eternas para o juízo do grande Dia."

 

Comentário Bíblico de Judas 1:6

Segue-se um segundo exemplo: E anjos, que não conservaram sua esfera de domínio, mas abandonaram seu próprio domicílio, ele os mantém guardados com correntes eternas sob trevas para o juízo do grande dia. Isso tem um fundamento bíblico na breve narrativa de Gn 6.1-4. Obviamente não depreenderíamos sem mais nem menos dessa passagem da Bíblia aquilo que Judas afirma. Judas a entende segundo determinada interpretação, conhecida a partir do chamado “livro de Enoque”.. Havia no judaísmo daquela época grande número de escritos edificantes, que se baseavam em personagens ou eventos bíblicos para, a partir deles, desenvolver determinados pensamentos religiosos. Não deve ser nenhuma surpresa que tais escritos fossem lidos com simpatia, sendo acolhidos em todo o modo de pensar do judaísmo. Afinal, nós tampouco lemos somente a Bíblia em si, mas possuímos uma extensa “literatura de edificação”. Em todo caso, naquela época fazia parte da erudição oficial nas Escrituras interpretar significativamente frases e palavras do AT. Passagens obscuras, alusões breves e enigmáticas, prestavam-se particularmente a isso. Foi assim que Judas também enfocou a passagem de Gn 6.1-4 sob a luz da conhecida interpretação do livro de Enoque. Segundo ela, os “filhos de deuses” em Gn 6 são anjos. São entes particularmente agraciados que têm domicílio no mundo celestial e aos quais é confiada uma esfera de domínio. Mas também “anjos” podem cair, por mais alta que tenha sido sua posição diante de Deus. Esses anjos, portanto, não conservaram sua esfera de domínio e abandonaram seu próprio domicílio. Por quê? A partir do v. 7 a resposta inevitável é: “Entregaram-se à prostituição” e “correram atrás de carne alheia”. Isso é atestado pela própria Escritura em Gn 6.2. Contudo, enquanto essa passagem bíblica usa apenas alusões genéricas para falar a respeito de um juízo contra as pessoas daqueles dias, Judas menciona algo sobre a gravidade das medidas de Deus contra os anjos culpados, algo que a própria Bíblia não relata. De qualquer modo eles não conservaram o que lhes havia sido confiado pela graça de Deus, mas buscaram sua “liberdade”. Agora são guardados para isso, a saber, para o juízo do grande dia. Sua sorte corresponde à dos cristãos renegados, conforme Hb 10.26s. A sentença final e definitiva
será pronunciada por Deus somente no “grande dia”, mas uma severa punição já teve início. Já agora esses anjos, que habitavam as alturas do diáfano céu, encontram-se em correntes eternas, “sob trevas” ou embaixo nas trevas. Novamente Judas deseja alertar: tão santo é Deus que nenhuma demonstração de sua graça nos protegerá contra seu juízo quando “pervertermos” essa graça “em devassidão”. A igreja jamais poderá relevar o pecado que ocorre em seu seio alegando graça de Deus.

 

Fonte:   COMENTÁRIO ESPERANÇA autor Werner de Boor Editora Evangélica Esperança

Bilbia Online: Versículos Comentados de Judas 1

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