Mateus 3:11

Comentário Bíblico Mateus 3:11

"  Eu os batizo com[12] água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. " Mateus 3:11

Comentário de (Mateus 3:11)

Eu vos batizo com água, para arrependimento (conversão); mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Todos os quatro evangelistas trazem a palavra do batismo com água, do batismo total. Diferente de Marcos, Mateus interpreta o batismo na água como exigência, cujo alvo é a conversão. Eu batizo vocês em direção da conversão ou para dentro da conversão. De acordo com Mateus, o Batista batiza para que se deixem os pecados, para que se viva em obediência a Deus na nova vida do reinado dos céus.
Marcos fala de um batismo cuja premissa é a conversão. Em Mc 1.4 lê-se: “João prega o batismo de conversão para remissão de pecados”. Ou seja, para Marcos o batismo da água é um batismo que tem como premissa e condição a conversão. Somente quem é “convertido”, quem “deu meia volta” é que recebe o batismo. Portanto, primeiro a conversão, depois o batismo.
Porém Mateus e Marcos não estão divergindo um do noutro na compreensão do batismo. Ambos estão corretos na transmissão das palavras do Batista. A vida cristã tem a meia volta (conversão) como premissa e também como alvo (santificação). É decisivo que quem vem da conversão persevere nela. Uma vida assim moldada pela meia volta teve como conseqüência o perdão dos pecados como dádiva e experiência únicas e o experimenta sempre de novo, diariamente, como presente e descoberta.
Em outras palavras: Não é biblicamente correto dizer que é preciso converter-se diariamente, que a conversão seria um ato de fé a ser repetido sempre de novo. Não! A visão bíblica é mais precisamente esta: Desde a conversão com que Deus o presenteou, o convertido vive num novo estado, numa nova atitude. Essa atitude, essa posição de fé, esse estar fundamentado na fé precisa mostrar-se sempre de novo, precisa evidenciar-se continuamente em ações de fé. O fato fundamental
do novo nascimento precisa deixar que a palavra de Deus se explicite. Ou, inversamente: A nova vida precisa evidenciar a conversão. É nisso que se revela o ser mergulhado no Espírito Santo, o batismo com o Espírito Santo. A nova vida é estar constantemente rodeado pelo Espírito Santo, é estar cheio dele! O Espírito e o fogo são o elemento da nova vida que continuamente julga e purifica, como também continuamente aquece e promove a vida. Assim é que deve ser entendida a palavra: “Ele vos batizará com o Espirito Santo e com fogo”.
Para finalizar, repetimos mais uma vez: A conversão não é um acontecimento contínuo que se renova de caso em caso, de ação de fé em ação de fé. No entanto, a conversão efetua primeiramente a atitude de fé, o estado de fé, a partir do qual emanam os diversos atos de fé, nos quais, por sua vez, se confirma continuamente a atitude de fé anteriormente produzida.
Na linguagem teológica essa verdade foi expressa na seqüência habitu fidei, actu fidei (atitude de fé, ato de fé).
Após declarar a palavra do batismo com água (batismo total), João chega à afirmação sobre aquele “que vem depois de mim”, ou “que vem atrás”. É uma palavra que se encontra em todos os quatro evangelistas. O que vem atrás, porém, é ao mesmo tempo o “mais forte”. O dito do mais forte aparece literalmente em 3 evangelistas. Que consolo para João foi saber: vem após mim alguém que é mais forte que eu. O que seria da obra da vida dele sem o fato de que alguém vem depois dele? Seria em vão! E o que seria do nosso trabalho diário e da vida toda, se não viesse alguém atrás de nós e o segurasse nas mãos?
A palavra do “que vem atrás”, do “mais forte” é ampliada pela figura do “escravo doméstico” que serve ao seu amo que chega, retirando-lhe as sandálias e “levando-as embora”. Essas sandálias o patrão usava somente na rua – não na casa. O serviço de levar embora as sandálias é o mais humilde e mais fácil trabalho de um escravo.
Enquanto Mateus fala do serviço de escravo de levar embora as sandálias, Marcos, Lucas e João usam a figura de soltar as sandálias. Como tudo é bem ilustrado! Antes de levar embora as sandálias é necessário desatar as suas correias. Nem sequer para isso o Batista se considera digno (mais explicações nos comentários sobre os outros evangelistas). Ele sabe que não é capaz de realizar a mínima coisa que significasse qualquer tipo de ajuda para o “mais forte”. Diante daquele “que vem” ele não é nada. Ao lado de Cristo o Batista desaparece total-mente. O Batista sente somente sua impotência diante da plenipotência do Cristo!
Esse é João no deserto, aquele que prepara o caminho, que grita alto, que batiza para a conversão, que como tal prepara o caminho, como escravo e batizador com água, para aquele que vem atrás dele, o mais forte, que “batiza com o Espírito Santo”.

 

Fonte:   COMENTÁRIO ESPERANÇA autor Werner de Boor Editora Evangélica Esperança

Biblia Comentada  Mateus 3:11

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