Mateus 2:23

Comentário Bíblico Mateus 2:23

"  e foi viver numa cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que fora dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno” " Mateus 2:23

Comentário de (Mateus 2:22-23)

Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia. E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Em Israel muitos tinham a esperança de que, com a morte de Herodes, também acabaria a crueldade herodiana. Contudo a situação era outra. Realmente o poderoso reino de Herodes decaiu em pedaços. Mas a dinastia de Herodes continuou. Em seu testamento ele havia determinado que seu reino fosse dividido entre seus filhos: Arquelau deveria receber a Judéia, Iduméia e Samaria. Antipas receberia a Galiléia e a Transjordânia meridional (No NT Antipas sempre é chamado de Herodes). Filipe deveria herdar a Transjordânia setentrional.
O Imperador Augusto confirmou o testamento. Em Lc 3.1 somos informados dessa subdivisão. Arquelau não é mais citado neste texto porque foi deposto pelo Imperador Augusto no ano 6, justamente por causa de sua crueldade. Augusto o enviou para o exílio em Vienne (Rhone, França). Seu território foi entregue ao procurador romano Pôncio Pilatos.
Quando José entrou na Palestina, mais precisamente na Judéia, soube que Arquelau era rei na Judéia. Descobriu ainda que esse filho tinha tomado o propósito de prosseguir o seu governo no mesmo estilo do pai, para não ser tomado como um filho “ilegítimo” de Herodes. Já havia acontecido uma diversidade de fatos cruéis que lembrava com singular clareza o regime terrível de seu pai. Apenas um exemplo: Logo depois da morte de seu pai, foram chacinados pelos cavaleiros de Arquelau 3.000 peregrinos que vinham para a festa em Jerusalém. – É compreensível que José, quando soube disso, teve medo” como diz o texto, de retornar para lá (i. é, para Belém na Judéia). Mediante uma nova e última visão em sonho José é orientado a desviar-se para a Galiléia. Lá fixou residência em Nazaré. De acordo com Lc 1–2 José já esteve em Nazaré antes do nascimento de
Jesus! Não sabemos quanto tempo vivera ali e se muito tempo antes Nazaré já fora o domicílio de Maria. Mateus encara o fato de José ter escolhido justamente Nazaré para residir como uma escolha dirigida por Deus, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Ele será chamado nazareno!
Perguntamos: O que quis Mateus dizer com isso? Pois em parte alguma no AT se pode constatar que os profetas chamam o Senhor de nazoreu! Acresce ainda que no AT nunca se menciona o nome Nazaré.
Seguramente Mateus pensou em Is 11.1. Ali encontra-se a palavra do broto que sairá do tronco de Jessé. Esse broto que será o Senhor chama-se em hebraico nezér. Jesus é chamado por Isaías de nezér. A partir de seu local de residência, Nazaré, Jesus é designado de nazareno (Mc 1.24 etc.) e, aqui, nazoreu (também em Mt 26.71 etc.).
Tanto nazoreu como nazareno significam o mesmo. Não seria, pois, compreensível que Mateus relacione a designação nezér do AT com a palavra Nazaré do NT? Do mesmo modo é compreensível que somente um leitor conhecedor do hebraico podia entender o jogo de palavras de Mateus!
Sobre a cruz há de se escrever: Jesus, o nazoreu, rei dos judeus. Os judeus o lerão e constatarão que ele não é o Messias. Pois o que “de bom” pode vir de Nazaré? Para a comunidade de Jesus, porém, esse título significa que Jesus como Nazareno é “o broto de Jessé”, do qual Isaías falou. E, junto com Isaías, também os demais profetas disseram que Jesus era “o broto”. Só que usam outra palavra. Jeremias, em 23.5 e 33.15, usa a palavra zémech, assim como Zacarias em 3.8 e 6.12. Traduzida ela também significa “broto”. – Os profetas mencionados não pensaram que o Messias haveria de sair de Nazaré. É Mateus quem vê nessa circunstância, de que no AT o Messias é chamado de nezér e no NT de nazareno, a mão coordenadora e diretiva de Deus. Os profetas são os instrumentos de Deus. Assim os considera Mateus. E assim é. Somente a partir dos eventos, ou seja, posteriormente, após esses eventos terem acontecido, pode-se obter a visão dessa maravilhosa concordância entre palavra profética e acontecimento.
Não é assim que acontece também em nossa vida de fé, que, a partir dos acontecimentos de nossa vida, ou seja, “posteriormente”, podemos reconhecer sempre de novo a mão condutora e coordenadora de nosso Deus? Não paira também sobre a nossa vida um plano maravilhoso, uma permanente conjugação de promissão e cumprimento? Precisamos refletir sobre essa verdade repetidamente! Essa reflexão dará motivos para a adoração contínua! Muitas vezes foram pequenos acontecimentos do dia-a-dia em que pudemos experimentar: “O Senhor acompanha minha vida com uma atenção admirável, nunca estou só!” Muitos, porém, foram também os momentos obscuros e pesados na vida que permitiram constatar que também eles fazem parte do plano! Sim, o mais grave e angustiante sempre de novo se revelou como o mais grandioso e significativo! Mt 2 contém, além de outras, uma magnífica demonstração dessa verdade!

 

 

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Fonte:   COMENTÁRIO ESPERANÇA autor Werner de Boor Editora Evangélica Esperança

 

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